O Centenário da AD no RS - o "velho preto" José Corrêa Rosa
A historiografia de Porto Alegre por muito tempo privilegiou os açorianos e estancieiros como os sujeitos principais da construção da cidade. Ao destacar esses grupos, outras etnias ficaram esquecidas das crônicas da capital gaúcha. Porém, ao revisitar a história da AD em Porto Alegre, o leitor se deparará com os locais e habitantes inusitados da “capital dos Pampas”. Exemplo disso foi a abertura da primeira congregação na Bacia do Mont’Serrat, um povoado de população negra que encontrava-se na região da Colônia Africana. [leia aqui] O primeiro convertido da igreja, segundo os relatos do missionário Gustavo, foi “um pobre velho preto” chamado José Corrêa da Rosa. Legítimo representante da população de afrodescendentes jogada à própria sorte após a abolição da escravatura no Brasil, Rosa era um ex-escravizado que encontrou na igreja uma nova fé e transformação de vida. Visão geral da Bacia do Mont’Serrat Nordlund relatou que José “era analfabeto, mas era admirável como ele entendia as