O mundo acompanha com ansiedade a eleição presidencial nos Estados Unidos da América. De um lado, o atual Presidente dos EUA do Partido Republicano, Donald John Trump tentando a reeleição. Na oposição e, com grande chances de vitória está Joseph Robinette "Joe" Biden Jr.
O pleito está sendo marcado por polêmicas, acusações e ações judiciais. Trump, antes mesmo das eleições já falava em fraudes e em entrar na justiça contra supostas irregularidades. É o sistema democrático norte-americano sendo colocado à prova. Uma eleição disputada voto a voto e cheia de emoções.
Em 1983, na Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) realizada na AD em Aribiri, Vila Velha, no Espírito Santo, algo similar aconteceu envolvendo os dois principais líderes das ADs no Brasil na atualidade: o Bispo Manoel Ferreira e o Pastor José Wellington Bezerra da Costa.
Deve-se lembrar, que a CGADB em Vila Velha, em 1983, foi o primeiro concílio realizado sem a presença dos pastores Cícero de Lima do Belenzinho e Paulo Leivas Macalão do Ministério de Madureira, que haviam falecido no ano anterior.
Havia também, uma enorme pressão para que o Ministério de Madureira perdesse sua unidade. Ferreira, assim como José Wellington, eram duas lideranças buscando afirmação e legitimidade entre seus pares. Assim sendo, os dois, mais Túlio Barros e Elizeu Menezes concorreram ao cargo máximo da convenção.
Nesse processo de fragmentação do lado dos Ministérios da Missão, a chapa de Madureira conseguiu êxito. O Pastor (na época não era Bispo) Manoel Ferreira venceu o pleito com margem apertada de 20 votos sobre o segundo colocado, o Pastor Bezerra da Costa.
Ferreira conta em suas memórias, que houve "um alvoroço" e José Wellington pediu a recontagem dos votos. Na recontagem, para surpresa do próprio líder do Belenzinho, a diferença entre os dois aumentou. Diante da situação, o Pastor José Pimentel de Carvalho de imediato proclamou a vitória da chapa de Madureira.
Naquele tempo pediram a recontagem dos votos. Ainda não tinham entrado no campo jurídico. Mas não demorou muito para que algumas eleições fossem parar nos tribunais da justiça secular. É a política secular e eclesiástica com meios idênticos para alcançar o poder.
Fontes:
DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
FERREIRA, Manoel. Bispo Manoel Ferreira: Vida, Ministério, Legado. Rio de Janeiro: Editora Betel, 2020.