Assembleias de Deus - feudalismo e nobreza

Em 1994, o sociólogo Paul Freston escreveu que as Assembleias de Deus possuía um sistema de governo "oligárquico e caudilhesco". Observou a concentração de poder na "complexa teia de redes compostas de igrejas-mães e igrejas e congregações dependentes". Seria, segundo ele, um "sistema de feudos", cujo propósito era conservar o poder e a expansão do ministérios. Há evidentemente, outras tentativas e formas de explicar as ADs. Mas a comparação com o sistema de feudos, talvez seja uma das mais adequadas. As ADs atualmente, em suas práticas litúrgicas e honras ministeriais, em nada fica a dever à antiga forma de governo medieval. Somente para relembrar: o feudalismo surgiu em parte da Europa (séculos V ao X), onde o poder se baseava na posse da terra também chamada de feudo. A sociedade era estamental, ou seja, cada classe social era fixa em suas atribuições e deveres. No entendimento da época, a nobreza, e tão somente ela, podia governar. O clero det...