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Mostrando postagens de setembro, 2015

Assembleias de Deus e a polêmica do divórcio

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Circula pela internet as novas determinações da Convenção Nacional da Assembleia de Deus - Ministério de Madureira (CONAMAD) sobre o divórcio. Considerando o histórico das ADs sobre o assunto, as resoluções tomadas dão uma enorme abertura para que membros e líderes do ministério fundado por Paulo Leivas Macalão possam livremente se divorciar. Se antes o divórcio só era permitido em casos de infidelidade conjugal, no documento a separação é consentida devido a "abuso físico e/ou psicológico" e " abandono emocional e espiritual do relacionamento" tornando assim  "insuportável a conivência matrimonial, se tornando imperiosa a dissolução do matrimônio" . Pastores e membros estão liberados para novos casamentos. Um ponto chama a atenção no texto: "Nenhum membro, ministro ou dirigente da Conamad, poderá ser afastado de sua função em decorrência do divórcio ou nova nupcia".  Instituído no Brasil em 1977, a lei do divórcio causou polêmicas a ac

AD em Madureira e seu conservadorismo

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*Por André Silva Quando o assunto é usos e costumes, uma igreja é lembrada por seu passado de extremo rigor no assunto: a Assembleia de Deus do Ministério de Madureira. Conhecida por ser uma igreja de oração, sinais e prodígios e de crescimento vertiginoso, Madureira também era famosa pela exclusão de membros, e a cobrança exacerbada dos usos e costumes tidos por muito tempo como doutrina primaz. Há diversas informações de fatos que marcaram o período de extremismo, onde o conceito do pastor Paulo Leivas Macalão a respeito de usos e costumes era lei. Conservador, Macalão colocou de forma oficial as regras para manter inalterados os costumes nas Assembleias de Deus. O Ministério de Madureira se manteve conservador na área de usos e costumes, tendo por longo tempo regras rígidas para os membros. As mulheres eram proibidas de usar cabelos soltos e de cortá-los. Saias curtas, decotes, pinturas, roupas justas, maquiagem e jóias também eram condenadas. os membros não podiam usar

Usos e Costumes - um pouco mais da história

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Sobre a origem dos usos e costumes dentro das Assembleias de Deus as opiniões são divergentes. Alguns creditam sua gênese somente aos missionários pioneiros. Outros aos obreiros brasileiros, os quais refletiam nos ensinamentos seus conceitos de santidade apoiados na cultura da época. Silas Daniel no História da CGADB , ao comentar sobre a polêmica resolução do presbitério da AD em São Cristóvão sobre o assunto, aponta Gunnar Vingern e Otto Nelson como  "os missionários suecos mais rígidos em termos de vestimentas". Membros da AD Florianópolis: "vestes santas" Outros autores apontam os próprios pastores nativos, que perpetuaram certos costumes influenciados pela tradição católica. Altair Germano em seu blog cita Robson Calvalcanti, o qual em seu livro A Igreja, o país e o mundo: desafios a uma fé engajada comenta "sobre questões culturais, e de forma mais específica, sobre a maneira das mulheres 'Assembleianas' se vestirem": Por que as