José Bezerra da Silva, um dos principais pastores da AD no nordeste brasileiro, nasceu na pequena cidade de Timbaúba na região da Zona da Mata de Pernambuco. Segundo Isael de Araújo, Bezerra era um "exímio alfaiate", e converteu-se em 1930, sendo separado ao diaconato em 1933, e a pastor em 1936. Assumiu a AD em Recife em 1937, sucedendo o mítico missionário Joel Carlson que voltava à Suécia para um período de descanso.
Na condição de primeiro líder nativo da AD no Estado foi vice-presidente da CGADB em 1938. Presidiu em 1940 a Semana Bíblica, onde as liderança das ADs deliberavam sobre assuntos administrativos da denominação. Atou também como 2º secretário desses encontros em 1943 e 1947.
Na sua gestão na AD em Pernambuco, pastor Bezerra "desenvolveu fortemente a ação social na igreja". Trabalho que até hoje é referencial na região. Não descuidou do evangelismo, formando a Campanha Evangelizadora no bairro Casa Amarela. Tal ação motivou posteriormente em cada congregação de Pernambuco campanhas semelhantes. Criou também em sua gestão o trabalho do Círculo de Oração feminino em 1942, que logo se espalhou pelo Brasil afora. Depois incentivou a criação do círculo de oração infantil.
Depois de 13 anos de pastorado e diversas realizações, o líder pernambucano teve dificuldades no ministério. Moisés Germano em sua tese informa que "um problema conjugal fora do seu casamento" seria a "causa do seu ostracismo" na história da AD local. Mesmo com tantas realizações, abordar o pastorado de Bezerra "é um dos temas mais complexos" por falta de registros nos anais da denominação. Pouco se fala em sua administração. Há um determinado e intencional silêncio sobre suas ações à frente do rebanho.
Germano comenta, que o sucessor de José Bezerra, o pastor Manoel Messias, o qual liderou a AD em Recife entre 1953 a 1955, possui "grandes relatos a respeito da sua administração". No entanto, nada diz sobre Bezerra." Contudo, "é muito comum ouvir-se dos pioneiros, menção sobre o nome de Bezerra." A memória popular resiste assim ao "esquecimento" institucional.
Segundo relatos da época (reproduzidos por Araújo), a saída do pastor recifense foi marcada por vários tumultos, acusações e outros fatores que desagregaram o rebanho. Para complicar, muitos membros importantes saíram, e profecias condenatórias eram proferidas na igreja contra o pastor. Toda essa situação culminou com o afastamento e o processo de banimento da história do antigo líder.
Moisés Germano em defesa do injustiçado pastor comenta que "...entendemos que o fato de ele não ter observado alguma ordenança da Igreja, não desmerece os seus treze anos de trabalho, que contribuíram para o andamento da Igreja." As obras do antigo líder testemunham sobre sua profícua gestão.
Mas, não é só a memória do pastor José Bezerra da Silva que é tratada assim. Outros líderes e suas famílias passam pelo mesmo drama da amnésia religiosa. Caso esse mesmo procedimento fosse feito pelos escritores da Bíblia, a rica história do rei Davi seria desconhecida da humanidade atualmente. É de se pensar...
Na condição de primeiro líder nativo da AD no Estado foi vice-presidente da CGADB em 1938. Presidiu em 1940 a Semana Bíblica, onde as liderança das ADs deliberavam sobre assuntos administrativos da denominação. Atou também como 2º secretário desses encontros em 1943 e 1947.
Na sua gestão na AD em Pernambuco, pastor Bezerra "desenvolveu fortemente a ação social na igreja". Trabalho que até hoje é referencial na região. Não descuidou do evangelismo, formando a Campanha Evangelizadora no bairro Casa Amarela. Tal ação motivou posteriormente em cada congregação de Pernambuco campanhas semelhantes. Criou também em sua gestão o trabalho do Círculo de Oração feminino em 1942, que logo se espalhou pelo Brasil afora. Depois incentivou a criação do círculo de oração infantil.
Depois de 13 anos de pastorado e diversas realizações, o líder pernambucano teve dificuldades no ministério. Moisés Germano em sua tese informa que "um problema conjugal fora do seu casamento" seria a "causa do seu ostracismo" na história da AD local. Mesmo com tantas realizações, abordar o pastorado de Bezerra "é um dos temas mais complexos" por falta de registros nos anais da denominação. Pouco se fala em sua administração. Há um determinado e intencional silêncio sobre suas ações à frente do rebanho.
Germano comenta, que o sucessor de José Bezerra, o pastor Manoel Messias, o qual liderou a AD em Recife entre 1953 a 1955, possui "grandes relatos a respeito da sua administração". No entanto, nada diz sobre Bezerra." Contudo, "é muito comum ouvir-se dos pioneiros, menção sobre o nome de Bezerra." A memória popular resiste assim ao "esquecimento" institucional.
Segundo relatos da época (reproduzidos por Araújo), a saída do pastor recifense foi marcada por vários tumultos, acusações e outros fatores que desagregaram o rebanho. Para complicar, muitos membros importantes saíram, e profecias condenatórias eram proferidas na igreja contra o pastor. Toda essa situação culminou com o afastamento e o processo de banimento da história do antigo líder.
Moisés Germano em defesa do injustiçado pastor comenta que "...entendemos que o fato de ele não ter observado alguma ordenança da Igreja, não desmerece os seus treze anos de trabalho, que contribuíram para o andamento da Igreja." As obras do antigo líder testemunham sobre sua profícua gestão.
Mas, não é só a memória do pastor José Bezerra da Silva que é tratada assim. Outros líderes e suas famílias passam pelo mesmo drama da amnésia religiosa. Caso esse mesmo procedimento fosse feito pelos escritores da Bíblia, a rica história do rei Davi seria desconhecida da humanidade atualmente. É de se pensar...
Fontes:
ANDRADE, Moisés Germano de. "Uma história social" da Assembleia de Deus: a conversão religiosa como forma de ressocializar pessoas oriundas da criminalidade. Dissertação (Mestrado) - Universidade católica de Pernambuco. Pró-reitoria Acadêmica. Curso de Mestrado em Ciências da religião, 2010.
ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SANTOS, Roberto José. (Org.). Assembleia de Deus em Abreu e Lima - 80 Anos: síntese histórica. Abreu e Lima: FLAMAR, 2008. ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.