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Mostrando postagens de novembro, 2016

AD em Santos - mais controvérsias

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Não foi somente no Mensageiro da Paz , que o pastor da Assembleia de Deus em Santos recebeu críticas. A edição da revista A Seara de julho de 1997, também repercutiu de forma negativa a entrevista de Paulo Alves Corrêa em dois momentos. O primeiro foi através da seção cartas do leitor. Nela, um dos leitores considerou equivocada as comparações e a lógica do pastor Paulo em suas declarações. Outro, porém, foi mais incisivo em suas contestações. Laudinei Vicente, questionou se a "nova unção" não seria outro evangelho e, portanto, considerado biblicamente anátema. Argumentou, que as citações bíblicas usadas pelo líder santista estavam fora de contexto e considerou levianas as comparações do movimento da "nova unção" com o início das ADs no Brasil. Enfático, Vicente pontuou: "Gostaria de saber se 'nova unção', 'tombo no Espírito', e outras coisas novas fazem parte do credo das Assembleias de Deus". Mas, foi no artigo intitulado C

Rede Latino Americana de Estudos Pentecostais (RELEP)

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Em 1998, quatro pesquisadores pentecostais (oriundos do México, Brasil, Chile e Peru) se encontraram na Cidade do México para articular uma rede de estudos sobre o pentecostalismo na América Latina. Assim foi criada a Rede Latino-americana de Estudos Pentecostais (RELEP). Segundo a página oficial o RELEP "é uma instância continental de produção e difusão de pesquisas sobre os pentecostalismos observados na América Latina". Seus pesquisadores são pentecostais que desenvolvem estudos em diferentes áreas do conhecimento: ciências da religião, teologia, história, sociologia, antropologia, educação, etc. Desde sua primeira edição no Chile em 1999, outros encontros foram realizados na Costa Rica (2002), mais duas vezes no Chile (2008 e 2009) e Equador (2011). RELEP: edição no Panamá O Núcleo Brasil do RELEP é coordenado pelo Dr. David Mesquiati de Oliveira e três eventos nacionais já foram realizados. O primeiro deles em 2012 foi em Arujá (SP) e o segundo em 201

O debate sobre os ministérios em 1941

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Qualquer pessoa, que tenha o mínimo de conhecimento sobre as Assembleias de Deus no Brasil, sabe o quanto a denominação é divida em Ministérios e Convenções. Essa fragmentação não é recente, pois desde a década de 1930 do século passado, as ADs vivem tensões provenientes desse modelo de administração e crescimento. Porém, houve momentos em sua história que esse sistema foi questionado. Na CGADB de 1941, realizada na cidade do Rio de Janeiro, o missionário sueco Otto Nelson propôs "que deixassem de existir vários ministérios das Assembleias de Deus em uma única cidade". Argumentou o pioneiro, que tal medida fortaleceria a unidade e evitaria "lutas". Uma só grande igreja seria mais influente do que várias menores espalhadas pelas cidades. Macalão: contra um só ministério nas cidades Aproveitando a oportunidade, Gustavo Nordlund da AD em Porto Alegre, contou sua experiência na Suécia, onde pequenas igrejas estavam em torno da igreja sede e problemas surgi

A evolução dos templos nas Assembleias de Deus

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O sociólogo Gedeon Alencar em seu livro Matriz Pentecostal Brasileira  trabalha a evolução funcional dos templos assembleianos. Ele divide as construções eclesiásticas em três modelos: o templo-casa que é a marca dos primórdios do pentecostalismo, o templo-pensão fruto da institucionalização da igreja, e por fim o templo-shopping, o qual representa a ascensão social dos crentes. Mas é bom destacar: todos os três modelos ainda convivem no tempo e espaço em diversas regiões do país. Assim como ainda estão presentes os rituais, louvores e o ethos dos crentes que frequentam essas igrejas. Para maior reflexão, deixo aos leitores fotos e fragmentos do texto da obra de Alencar sobre os templos que marcaram não só a história das ADs, mas também, as memórias de muitos crentes. Templo-casa Templo-casa : A igreja - não custa lembrar: nos primeiros anos não há templos - é uma extensão da casa e vice-versa. E os primeiros templos, quando construídos , não se diferiam muito das ca

Mulheres pregadoras - Irmã Estacília

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Stanislava Budkowski, ou simplesmente irmã Estacília (1885-1967), foi um dos principais nomes do ministério feminino das Assembleias de Deus no Brasil em seus primórdios.  Revisitar a biografia da pioneira, é perceber que, mesmo com as limitações impostas pela Convenção Geral de 1930 à atuação das mulheres no ministério, algumas ainda se sobressaíram na obra pentecostal. Estacília nasceu em Varsóvia, capital da Polônia em 1885. As guerras na região levaram os Budkowski a sair do país de origem e migrar para o Brasil. Posteriormente, por motivos de enfermidade paterna, à família polonesa voltou à Europa (Portugal). De volta ao Brasil, ainda muito jovem, Stanislava casou com Manoel Inácio de Araújo, militar que cumpriu serviços em várias cidades do Rio Grande do Sul e do nordeste. Entre idas e vindas, fixaram residência na cidade do Rio de Janeiro. No então Distrito Federal, após experimentar uma cura divina, começou a frequentar a Igreja Batista. Estacília e seu esposo Manoe

O templo de Cordovil - Deus e o ateu

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No dia 5 de maio de 1989, o jornal O Globo , destacou que em Brás de Pina (RJ) corria "o boato" de que o grandioso templo da Assembleia de Deus - Ministério de Cordovil, em fase final de construção seria um projeto de Oscar Niemeyer. Segundo o periódico, a suposta autoria do famoso arquiteto fez com que os moradores da região, evangélicos ou não, se enchessem de orgulho. Mas "para a frustração de muitos", a obra era na verdade um projeto de "um desconhecido colega de Niemeyer" e membro da igreja, Rubens Farias. Como toda grande obra, a construção do templo foi um desafio para o ministério carioca e seu pastor Waldyr Neves. A pedra fundamental foi lançada em 1979, mas somente em 1984 é que as obras começaram de fato. Foram anos de dificuldades.  Templo da AD em Cordovil inaugurado em 1991 "Muitas compras de materiais, preocupações com os preços, afinal de contas, o dinheiro tinha que render. Muitas observações negativas por parte de pe