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Mostrando postagens com o rótulo AD São Paulo

Como se deve apascentar o rebanho de Cristo?

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Não é de hoje que as discussões sobre o conceito de ministério é um assunto preocupante para as Assembleias de Deus no Brasil (ADs).  As controvérsias sobre o tema sempre existiram: deveria o pastor concentrar tantas congregações sob sua autoridade? Seria a titulação "pastor-presidente" ou "pastor-geral" algo correto diante do modelo bíblico de administração de igreja? E o papel dos presbíteros e das mulheres na denominação? Poderiam exercer funções pastorais? As indagações, além de envolver a busca sincera pela vontade divina, também serviam para apontar criticamente para alguns excessos, desvios ou má interpretação do texto sagrado. Coisa muito comum em movimentos religiosos de expansão rápida e de ministério com formação leiga.    Na 2ª Convenção Regional da AD no estado de São Paulo, realizada em dezembro de 1935, quando a igreja paulista era liderada pelo missionário sueco Simon Lundgren, algumas questões surgiram e foram respondidas e registradas no Mensageiro...

Igrejas e Ministérios - a busca pela legitimidade

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As Assembleias de Deus no Brasil vivem nos últimos anos, uma intensa fragmentação ministerial. CGADB, CONAMAD, CADB e outras convenções menores disputam espaço e representatividade no mundo eclesiástico e, principalmente, no político. Na última postagem do blog, refletiu-se sobre a importância e utilização da história e memória na busca pela legitimação institucional, pois diante da cada vez mais acirrada concorrência ninguém quer ficar à margem da história ou parecer um simples genérico dentro do sistema. Por esse motivo, entre as igrejas cresceu a valorização e a utilização de substantivos que reforçam suas origens. Exemplo disso é a valorização que a AD em Belém/PA dá cada vez mais ao título Igreja-Mãe. As ADs em Santos/SP e em Macapá/AP também enfatizam sua primazia em seus estados com a nomenclatura "a pioneira". Mas há casos inusitados. Em Manaus/AM, nos anos 2000, uma cisão gerou a AD Tradicional. Nascida em oposição aos métodos controversos da AD liderada ...

Versões da história das ADs - contradições

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O objetivo dessa postagem é comparar algumas narrativas assembleianas com documentos, pesquisas e informações disponíveis, os quais, servem de contraponto à dita "História Oficial" das Assembleias de Deus. Existe, na história e em sua narrativa, na grande maioria das vezes, uma enorme distância entre o fato e a versão dele. As versões da história eclesiástica, em geral, têm o objetivo de edificar os crentes e apontar exemplos a serem seguidos. Como escreveu o pastor e poeta Joanyr de Oliveira, a "historiografia oficial, seja religiosa, seja política, é sempre míope em avançado grau - quando não ostensivamente estrábica, em boa parte não é senão uma grande farsa. Quantos pseudos santos e heróis nos forja, sem o mínimo pudor... Sim, a história dos vencedores - a que prevalece - é sempre tendenciosa, desonesta". Então vamos a algumas versões e contradições da história. CGADB de 1930: clima de tensão nas ADs "Não havia nenhuma intenção dos obreiros na...