Constituição: liberdade religiosa ameaçada?

Um dos capítulos mais interessantes da história dos pentecostais é justamente a adesão desse grupo religioso a política partidária. O sociólogo Paul Freston em seu clássico livro Evangélicos na Política Brasileira: história ambígua e desafio ético trata com muita propriedade essa questão. Para o referido autor questões como a consciência de crescimento numérico, e as disputas no campo religioso por acessos e meios de fortalecimento das instituições evangélicas (esses meios seriam segundo o autor: concessões de rádio e televisão, bem como doações e verbas para as entidades filantrópicas dirigidas pelas igrejas), são um exemplo dos motivos da adesão pentecostal a política partidária. Soma-se a isso o status que a política pode dar a uma família pastoral, e o desejo dos partidos políticos de diversificarem sua clientela. Porém, para romper com as resistências históricas de um povo, que não via a política dentro das igrejas com bons olhos, qual fator ou discurso se destacou ...