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Mostrando postagens de maio, 2023

IEADJO - perseguição e preconceito em seus primórdios

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Não é novidade para os estudiosos da história do pentecostalismo, que as primeiras congregações pentecostais implantadas no Brasil sofreram fortes perseguições. A intolerância partia tanto da Igreja Católica Romana como de outros grupos protestantes, que viam nas "seitas pentecostais" uma nova ramificação do espiritismo, onde os fiéis eram acusados de práticas imorais e fanatismo religioso. Com a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Joinville (IEADJO) não foi diferente. Com seus trabalhos iniciados em 1933, na casa da irmã Ana Salvador, na Avenida Cubas, a congregação, tempos depois, foi transferida para a residência do irmão Sérgio Segal, na rua Monsenhor Gercino, no bairro Itaum.  Nesse local, próximo à linha férrea, o núcleo pentecostal sofreu forte perseguição com o apedrejamento da casa, onde os cultos eram realizados. Além disso, os primeiros crentes foram denunciados por estarem fazendo " macumba" todas as noites  com "uma gritaria ensurdecedora"

Fatos e fotos da IEADJO (2ª parte)

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Congregação da IEADJO na "Katharinenstrasse"   As primeiras reuniões da IEADJO foram realizados na casa da irmã Ana Salvador, na Avenida Cubas. Anos depois, a Avenida Cubas deu espaço a música e o futebol: craques e sambistas joinvilenses saíram da região. Porém, muito antes que isso acontecesse, o irmão Sérgio Segal ofereceu sua casa na rua Monsenhor Gercino, no bairro Itaum. Nesse período, uma violenta perseguição se deu contra a nascente igreja. Manoel Germano de Miranda já estava à frente dos trabalhos, quando foi aconselhado pelo delegado Alexandre Nogueira Mimoso Ruiz, que cuidava da segurança do munícipio, a transferir a congregação para um local mais próximo ao centro da cidade. Foi então que Mirandinha alugou uma casa na "Katharinenstrasse" — nome original da Getúlio Vargas usado até os anos 1940. O conselho do jornalista, poeta, político e, na época, delegado Mimoso Ruiz foi estratégico para o desenvolvimento da IEADJO. Com a inauguração da estação  ferrov

Fatos e fotos da IEADJO

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Em 2023, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Joinville (IEADJO), em Santa Catarina, celebra seus 90 anos de fundação. A postagem de hoje (e outras que possivelmente virão) terá como objetivo destacar algumas curiosidades da história da maior igreja pentecostal catarinense e servir de subsídios históricos para outras celebrações que virão. Vamos aos fatos e fotos! Vista panorâmica de Joinville na década de 1920 A AD em Santa Catarina teve seu início na cidade de Itajaí, em 1931 com o pioneiro André Bernardino. Muitas pessoas se converteram na pequena congregação do beco do Quilombo (posteriormente renomeado de "Rua Pentecostal"). No ano seguinte, seis membros da igreja itajaiense mudaram-se para Joinville, que na época contava com 40 mil habitantes, incluindo a população rural, e mais de 300 estabelecimentos industriais dos mais variados ramos de atividades (metalúrgicos, têxteis e químicos).   A data do início oficial da IEADJO é 1933, ano que começou com a greve dos op

A Ministerialização nas ADs e o "absalonismo"

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Nascida em 1911, em Belém do Pará, a Assembleia de Deus (AD) em pouco mais de duas décadas já estava presente em todo território nacional. Posteriormente, as ADs se institucionalizaram, criaram uma tradição litúrgica, critérios para a separação de obreiros, convenções e editora própria, mas sem nunca perder o ímpeto expansionista.  Os estudiosos nomeiam esse tempo expansão de "ministerialização", ou seja, foi o momento em que as igrejas locais expandiram suas filiais para regiões geograficamente mais distantes da sua área de atuação. O maior exemplo desse momento sempre foi o do Ministério de Madureira, que da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, em pouco tempo abriu congregações em todo o estado fluminense, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e São Paulo.. Sem duvida, a "ministerialização" foi determinante para o crescimento da igreja, mesmo que tal processo tenha gerado uma forte concorrência entre os Ministérios, gerando disputas por membros, obreiros e, princ