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Mostrando postagens de novembro, 2009

Pentecostalismo e os afrodescendentes: diferenças e semelhanças entre os EUA e Brasil

A história do pentecostalismo têm em sua gênese forte participação dos negros, os quais desde os primórdios desse movimento tiveram uma participação determinante para a disseminação dessa forma de protestantismo popular. A participação dos negros é evidente, tanto nos EUA onde o movimento se iniciou, como no Brasil onde ele se propagou e em menos de um século arrebanhou milhões de fiéis de norte a sul do país. O pentecostalismo é descendente dos avivamentos ocorridos dentro das denominações do protestantismo histórico nos século XVII e XVIII na Europa. Rejeitando a teologia e a prática de fé formalista dessas denominações, grupos de fiéis começaram a buscar uma espiritualidade mais profunda e intensa. Entre esses grupos se destacaram os quackres, metodistas e os pietistas. Migrando da Europa para os EUA, esses grupos com o passar dos anos, gerou dentro das denominações os chamados movimentos de santidade ( holiness ), que no início do século XX já haviam causado divisõe

A Assembleia de Deus e a educação teológica: uma difícil aceitação (2º parte)

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Kolenda: incentivador do preparo teológico Foi na Convenção Geral das Assembléias de Deus em 1943 que o tema sobre educação teológica passou a ser debatido com mais intensidade. Paulo Macalão nessa convenção nacional sugeriu a criação de uma escola bíblica noturna, em dias da semana sem cultos na igreja, para não atrapalhar os obreiros em suas tarefas eclesiásticas. Lawrence Olson foi mais além, e propôs a criação de seminários e institutos bíblicos pelo país, mas foi rechaçado pelo próprio Macalão, pois para o líder de Madureira seria "perigoso" investir em educação formal, com possibilidades de o obreiro cristão ficar somente no intelectualismo. Essa opinião de Paulo Macalão seria sentida por Joanyr de Oliveira vinte anos mais tarde em Brasília, quando percebia, que ao insistir na necessidade de institutos bíblicos era como "pregar no deserto". Percebe-se claramente nos relatos convencionais, a plena consciência que os missionários tinham da nec

A Assembleia de Deus e a educação teológica: uma difícil aceitação

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A morte da missionária Ruth Dorris Lemos no dia 23 de outubro de 2009, causou pesar em todo o Brasil devido a grande contribuição que ela e seu esposo pastor João Kolenda Lemos deram ao avanço teológico entre as Assembleias de Deus no Brasil. Foi esse casal, com um grupo de pastores brasileiros e missionários, que no ano de 1959 fundaram o Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (Ibad) em Pindamonhangaba cidade do interior do estado de São Paulo. No ano da fundação dessa escola teológica, as Assembleias de Deus no Brasil possuíam templos espalhados por todo o país, 48 anos de existência, milhares de membros e obreiros, mas na questão do ensino teológico sistematizado estava somente engatinhando. Quais as razões desse aparente atraso educacional? Seria a falta de recursos materiais para um projeto de educação teológica formal, com a criação não de um, mas de vários institutos pelo Brasil? Seria a falta de professores qualificados para ministrar os conteúdos básicos das dout