A Convenção Geral de 1999 - Mudança de Rumo
A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), realizada no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo/SP, entre os dias 11 e 15 de janeiro de 1999, foi marcada pela polêmica. Cyro Mello, antigo colunista do Mensageiro da Paz, chamou-a de "Convenção da liminar", onde os "discursos e assuntos discutidos ficaram 95% só para quem entendessem de leis". As liminares (ordem judicial provisória que analisa um pedido urgente) foram somente, a parte visível e pública das intensas disputas de bastidores pelo controle da Convenção Geral.
No Palácio do Anhembi em 1999, o Pastor José Wellington da Costa disputou à presidência da CGADB com o Pastor Túlio Barros Ferreira, da AD em São Cristóvão/RJ. O Pastor José Wellington confessou em sua biografia, que o Pastor Túlio foi seu "concorrente mais temido".
Meses antes da convenção se realizar, o Pastor Túlio distribuiu entre os ministros presentes em São Paulo um panfleto crítico à Mesa Diretora da Convenção Geral. O impresso recebeu o sugestivo título de "Mudança de Rumo" e era direcionado "aos pastores das Assembleias de Deus no Brasil, cuja visão está acima de qualquer interesse pessoal...".
Em seus "considerandos", o libelo alertava que a CGADB, "há algum tempo", estava operando "fora dos seus propósitos" e que a instituição deveria "atender aos interesses comuns da Igreja, sem que isso se tornasse um meio de promoção pessoal ou de interesse grupais ou mesmo o uso de nepotismo contrário aos ensinamentos bíblicos".
Os nomes dos pastores que subscreveram o documento e a íntegra do texto que divulgamos aqui no blog, revelavam o profundo descontentamento com os rumos da Convenção Geral. Mas é bom ressaltar: muitos dos vícios administrativos apontados contra a Mesa Diretora, também eram uma realidade nas igrejas e convenções dos próprios líderes que assinavam o panfleto.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Eclesiastes 1:9 - Há um ditado (lá fora), que: "O tempo é o senhor da razão". O que se mudou neste trinta e poucos anos do primeiro "cisma" assembleiano, revela que Deus está acima de qualquer projeto de perpetuação de siglas; mas, os puristas e saudosistas se negam a ver que a a grandeza evangélica que nos faz ser a maior nação pentecostal do planeta, foi a "saída" de Jerusalém para Samaria até os confins da terra.
ResponderExcluirParabéns irmão Mário Sérgio pelo retorno (Novas postagens).
ResponderExcluirSe o pastor Túlio tivesse ganhado a eleição, a história pentecostal carioca estacva preservada e o pentecostalismo clássico no Brasil, em unidade. Quem sabe viria uma unificação de Missão e Madureira?. Seria um sonho.
O problema que a convenção ocorreu em São Paulo. Daí veio todo mundo do Estado, votar no "cabeça" do Belém.
E lamentar e esperar que um novo Túlio Barros ou Samuel Câmara surja.
Vamos esperar no Senhor. Mais a tendência é mais cisões e mais autoritarismo e nepotismo.
"Deus salve (acuda) as Assembléias de Deus no Brasil!