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Flagrantes da cerimônia de diplomação dos novos bispos em Madureira

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A Assembleia de Deus - Ministério de Madureira mais uma vez faz história. Na noite de do dia 27 de junho de 2017, em Brasília na Catedral Baleia foram diplomados os novos bispos da igreja. Além do reverendo Manoel Ferreira, Madureira tem agora como bispos os pastores Samuel e Abner Ferreira, Oídes José do Carmo, Abigail Carlos de Almeida e Daniel Fonseca Malafaia. Como toda novidade, a iniciativa é elogiada por uns e criticada por outros. Exotismo ministerial? Legitimação de ministérios? Nas redes sociais o espanto é enorme. Vai render muito ainda... O beija-mão é uma tradição de reverência a personalidades eminentes, praticada em várias culturas desde tempos remotos. Na cultura lusófona suas origens são medievais, sendo um costume da monarquia portuguesa em Portugal depois herdado pela corte imperial brasileira. O beija-mão era uma cerimônia pública em que o monarca se colocava em contato direto com o vassalo, o qual, depois da devida reverência, podia aproveitar a ocasião...

AD em Cordovil (RJ) - controvérsias e divisão em sua autonomia

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No ano de 1959, o pastor Alcebiades Pereira Vasconcelos em sua administração a frente da AD do campo de São Cristóvão, emancipou suas principais filiais no Rio de Janeiro. Receberam autonomia as congregações do Leblon, Lapa, Rio Comprido, Vila Isabel, Tijuca, Todos os Santos, Bonsucesso, Caetés, Olaria, Ilha do Governador, Penha e Cordovil. "Tudo decorreu num ambiente da maior cordialidade, espiritualidade e compreensão" – informou o pastor Antônio Gilberto ao Mensageiro da Paz . Vasconcelos, porém, narra em sua biografia as razões concretas das emancipações: a instabilidade reinante entre o ministério da AD em São Cristóvão. Os dirigentes das congregações não prestavam contas e as cisões seriam inevitáveis. Para contornar a situação, organizou-se autonomias controladas no Rio. Contudo, mais um fato iria contradizer às palavras de Gilberto. Durante o processo de emancipações, o líder da AD carioca não conseguiu conter uma grande divisão. No site da igreja em Cordovi...

Assembleias de Deus – televisão e o reality culto

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Implantada no Brasil em 1950, por obra do polêmico empresário e jornalista Assis Chateaubriand, a televisão foi anunciada como "o mais subversivo de todos os veículos de comunicação do século" – detalhou o escritor Fernando Morais, biógrafo do antigo dono dos Diários Associados . Assim como o rádio, a televisão sofreu rejeição por muito tempo dentro das ADs no Brasil. No Dicionário do Movimento Pentecostal , há o registro sobre os primeiros debates sobre à nova mídia na CGADB de 1957. É possível que muitas das argumentações para o uso da TV na evangelização, assim como no caso do rádio e dos institutos bíblicos, estivessem a cargo dos missionários norte-americanos. A entrevista do missionário Nels Lawrence Olson, na revista A Seara (edição maio/junho de 1957), meses antes da Convenção Geral realizada em Belo Horizonte é indicativo disso. "Devemos estar com as vistas voltadas para a televisão que rapidamente vem substituindo o rádio como meio de difusão"  ...

AD em Santos - arrebatamentos e desentendimentos

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As posições e práticas do pastor da AD em Santos, Paulo Alves Corrêa foram muito mal recebidas pelos líderes assembleianos em 1997. A entrevista publicada pela revista A Seara , além de causar muitos debates, provou desgaste ao líder santista. Tempos depois, o s comentários negativos sobre as manifestações da "nova unção" forçaram a diretoria da Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo e Outros (COMADESP), a agendar uma reunião no templo sede da AD santista no dia 20 de fevereiro de 2004. O então vice-presidente da Convenção, José Ezequiel da Silva, ao abrir o encontro, expressou seu respeito ao líder da igreja, mas reconhecia que as controvérsias em torno dos estranhos acontecimentos estavam fora do controle. Prejuízos ao ministério e a COMADESP eram inevitáveis. Pastor Corrêa: reunião tensa com a COMADESP Pastor Ezequiel ressaltou, que mesmo sendo um assunto interno e de exclusiva competência da AD local, o tema estava sendo tratad...

Rio 40 graus – Alcebiades no Distrito Federal

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"Rio 40 graus/Cidade maravilha/Purgatório da beleza e do caos"  – A música é de 1992, e faz referência, não só à temperatura média da cidade, mas também aos seus encantos naturais e, infelizmente, a constante situação de violência e abandono da sua população. No final da década de 1950, o pastor Alcebiades Pereira Vasconcelos sentiu ministerialmente a elevada temperatura das ADs no antigo Distrito Federal. Internamente, sérias questões com o presbitério de São Cristóvão; externamente, desentendimentos com o líder da AD em Madureira, Paulo Leivas Macalão. Convidado oficialmente por telegrama pela igreja de São Cristóvão, Vasconcelos conta que foi surpreendido com sua indicação à presidência da igreja pelo presbitério em 21 dezembro de 1957. Percebeu à força do ministério carioca naquele mesmo dia. Segundo conta em sua biografia, o missionário sueco Nels Nelson, então pastor da igreja, implorou: "Irmão Alcebiades, por favor aceite, porque caso contrário vai se...

Bastidores das autonomias das ADs no RJ

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Em julho de 1959, os leitores do Mensageiro da Paz , foram informados sobre uma considerável reformulação administrativa na Assembleia de Deus em São Cristóvão (RJ), promovida na gestão do pastor Alcebiades Pereira Vasconcelos. Segundo o responsável pelas novas divulgadas no jornal, o pastor Antônio Gilberto, à cúpula da AD carioca, com o objetivo de "promover maior incremento na difusão do Evangelho e, progresso geral da obra de Deus", realizou sua Assembleia Geral Ordinária, onde "deliberou outorgar autonomia a doze de suas principais congregações, transformando-as em igrejas". Ainda, conforme Gilberto, "Tudo decorreu num ambiente da maior cordialidade, espiritualidade e compreensão". "A história oficial, seja religiosa, seja política" escreveu o saudoso poeta, jornalista e pastor Joanyr de Oliveira, é em parte "uma grande farsa". Quatro décadas depois, Alcebiades contaria em sua autobiografia o contexto das autonomias dadas ...

José Wellington – "não contavam com a minha astúcia"

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"Como é que nós perdemos o Belém para aquele menino? Onde é que nós estávamos?". Esse teria sido o comentário dos principais líderes das Assembleias de Deus no Brasil, ao perceber, que o comando do Ministério do Belém em 1980, foi para o "menino" José Wellington Bezerra da Costa, na época com 45 anos idade. Talvez, o vice-presidente do Belenzinho tenha sido subestimado, ou quem sabe, simplesmente encarado como um concorrente secundário na disputa. Mas a história mostra, que José Wellington não possui perfil para ser coadjuvante. Radicado na cidade de São Paulo desde 1954, Costa iniciou uma bem sucedida carreira de comerciante. Quase ao mesmo tempo ingressou no ministério. Dirigiu congregações, setores, secretariou a AD no Belém por uma década, até que em 1973, foi escolhido para ser vice-presidente do campo. JW: não contavam com a minha astúcia   Uma leitura atenta da biografia de José Wellington, escrita pelo jornalista Isael de Araújo, é suficie...