A Assembleia de Deus e o Regime Militar

A postura dos evangélicos durante o Regime Militar (1964-1985) é controversa e polêmica. Mas é certo que a maioria das denominações apoiaram o regime de exceção que se instalou no Brasil durante pouco mais de 20 anos. Poucas vozes entre os protestantes se levantaram contra o regime. O sociólogo Paul Freston afirmou em seu livro Evangélicos na Política Brasileira , que somente a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) lançou durante o período da ditadura um documento chamado de "Manifesto de Curitiba", criticando o governo dos militares e suas práticas de repressão. O que prevaleceu mesmo foi o apoio, inclusive com participação de ministros evangélicos nas denúncias de membros ou seminaristas considerados "subversivos". A cooptação política entre os protestantes também se deu através de nomeações de líderes leigos para cargos de importância (governadores, secretarias etc) e o aliciamento para os cursos da Escola Superior de Guerra (ESG). Preside...